domingo, 21 de abril de 2024

BSB 64

 BRASÍLIA 64


A Cidade é um plano 

Bem traçado no alto central 

Com seus blocos em quadras 

Comércio ao lado 

Um eixo de norte a sul 

A Cidade funciona como um aeroplano 

Voa a mais de mil metros 

Singrando os ares 

Bem perto do Céu Azul 

A Cidade é Humana 

A Cidade tem Alma 

Tem o verde constante 

E um vento setante 

Madrugada calma 

É por tanto que amo 

Esse sonho cidade   

Como escriba versejo 

Sua saga escrevo 

BRASILÍADA

quarta-feira, 20 de março de 2024

Implantação de Ceilândia foi o apartheid de Brasília

Implantação de Ceilândia foi o apartheid de Brasília 

Em 1969, capital tinha 14.600 barracos Governo fez campanha contra invasões Famílias foram levadas para as periferias 

Historiador aponta desigualdades sociais ‘JK inaugura a cidade, mas não administra’ ‘Imaginava-se qualidade de vida a todos’ 

Caixa d'água de Ceilândia, símbolo mais conhecido da cidade. A região administrativa surgiu da CEI (Campanha de Erradicação de Invasões) implantada apenas 9 anos depois da inauguração de Brasília Arquivo Público do Distrito Federal Nathan Victor 21.abr.2020 (terça-feira) - 6h00 

Nathan Victor 21.abr.2020 (terça-feira) - 6h00 atualizado: 3.mai.2021 (segunda-feira) - 19h26 

O surgimento de ocupações urbanas irregulares é 1 dos marcos da história de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960. A construção da nova capital provocou intenso fluxo migratório para o Planalto Central. Milhares de trabalhadores, de todos os cantos do Brasil, resolveram apostar no futuro buscando oportunidades de trabalho na região. Com apenas 9 anos de fundação, a capital federal tinha 79.000 pessoas em situação de pobreza em 14.600 barracos espalhados. Os migrantes chegavam e se e se deparavam com a falta de habitações populares, o que resultou na construção de moradias em áreas desabitadas e em invasões....

No final dos anos 1960, o governo começou a transferir as primeiras ocupações urbanas irregulares para regiões mais afastadas do Plano Piloto –área nobre da capital. Surgia, a partir daquela transferência de famílias, a chamada CEI (Campanha de Erradicação de Invasões), que culminou na criação da região administrativa de Ceilândia. A implantação de Ceilândia se deu em uma história que aproxima o Brasil da África do Sul, no auge do apartheid –regime de segregação racial  e populacional que vigorou no país africano de 1948 a 1994. A ação foi idealizada pela mulher do então governador Hélio Prates, Vera Silveira, que estava preocupada com ocupações irregulares....

O professor Creomar de Souza, que dá aulas de História e de Ambientes e Cenários do Século 21, na Fundação Dom Cabral, explica que foi feita uma campanha de erradicação de barracos resultante da incapacidade de o Estado conseguir abrigar o contingente de pessoas que se mudou para a nova capital imaginando que a qualidade de vida já estaria garantida. “Juscelino Kubistchek foi muito bem-sucedido em transformar Brasília em uma terra de sonhos e oportunidades no imaginário popular”. O problema, segundo o professor, é que criou-se o lema dos 50 anos em 5 de governo, e alimentou-se a ideia de uma.enorme “epopeia”, que fez com que pessoas de todos os lugares do país viessem para a cidade. Segundo Creomar, o crescimento de Brasília provocou a segregação de grupos populacionais por meio de uma “limpa” das invasões que cercavam a área central da capital. “A 1ª iniciativa de planejamento urbano para fazer essa limpa das invasões que cercavam o Plano Piloto e criar uma paisagem mais aprazível foi a construção da CEI”, afirma o professor. 

Uma das consequências da transferência em massa das ocupações irregulares foi o fato de as distâncias se tornarem tão grandes, “talvez o componente mais complexo da vida hoje no Distrito Federal”, diz o professor. O que “torna a vida dos mais pobres mais complexa porque o transporte é ruim e caro”. Os acontecimentos políticos do período imediatamente posterior à inauguração influenciaram as políticas públicas de Brasília. O golpe militar de 1964 foi 1 dos eventos que provocou a ruptura de 1 projeto de menos desigualdade. “Se você conversa com alguns pioneiros, eles dizem que vendia-se a ideia de que no Plano Piloto 1 médico, 1 engenheiro, 1 funcionário público e 1 construtor fossem ser todos vizinhos”, explica o professor Creomar. “JK inaugura a cidade, mas seu grupo político não a administra. Isso é feito quase que no final do governo e já no momento em que falta energia em termos de políticas públicas e dinheiro em algum sentido para avançar. Logo depois disso, o Brasil entra numa fase bastante conturbada do ponto de vista político. Vêm Jânio Quadros, João Goulart, depois o golpe e isso torna a situação ainda mais complexa porque alguns, como o próprio JK, são colocados na ilegalidade do ponto de vista político. Aí fica a questão: o que fazer coma cidade?”, observa o educador. ...

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/brasil/implantacao-de-ceilandia-foi-o-apartheid-de-brasilia/)
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sábado, 16 de março de 2024

HOTEL BRASÍLIA - CIDADE LIVRE - NÚCLEO BANDEIRANTE


Em19/12/1956 era criada a Cidade Livre, um loteamento com o objetivo de abrigar o comércio (livre de impostos, daí o nome do local) que iria atender os candangos que chegavam para construir a nova capital. Todos os lotes deveriam ser devolvidos à Novacap assim que Brasília fosse inaugurada, pois a cidade seria destruída.

Mas não foi o que aconteceu. O lugar cresceu e ganhou milhares de moradores que reivindicaram sua permanência por ali. E a cidade sobreviveu, mudando o nome para Núcleo Bandeirante, designação que permanece até hoje. Parabéns pelo aniversário!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

UnB busca recursos para se proteger contra alagamentos

UnB busca recursos para se proteger contra alagamentos  

Reitoria quer evitar que novas inundações danifiquem equipamentos, muitos deles instalados no subsolo da instituição 

Com sistema de drenagem comprometido, a água escorre para a UnB e invade o subsolo de prédios da universidade -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

As fortes chuvas que atingiram parte do campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB), no último dia 9, revelam à população problemas de infiltração e drenagem que são velhos conhecidos pela instituição. Nos últimos anos, ela tem sofrido recorrentes cortes de verbas, e isso a impossibilita de realizar intervenções necessárias para resolver definitivamente essas deficiências em sua infraestrutura.  

No orçamento de 2024, previsto pelo Ministério da Educação, a UnB tem disponíveis R$ 48,2 milhões para seu funcionamento anual, 5,25% a menos do que recebeu no ano anterior. O montante é insuficiente para que sejam feiras obras que evitem alagamentos. Além disso, etapas do Drenar DF — programa do Governo do Distrito Federal (GDF) para acabar com inundações provocadas pelas chuvas em áreas da na Asa Norte — não contemplam a região do campus principal, como disse o professor Sérgio Koide, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental (ENC).  

"A chuva do dia 9 foi bastante incomum e, segundo especialistas da própria UnB, talvez possa demorar para enfrentar algo parecido como aquilo (novamente). No entanto, o que nos preocupa é que as águas (da Asa Norte) possam descer para a universidade. Isso é um problema antigo e as etapas do Drenar não contemplam a universidade", explicou Koide. 

Segundo ele, o sistema de absorção pluvial da capital federal é arcaico e, após a construção da avenida L3 Norte, os problemas com acúmulo de água dos temporais na Asa Norte se tornaram constantes. "As chuvas têm se intensificado nos últimos anos, e um bom sistema de drenagem absorveria parte da chuva, o que não ocorre hoje", lamentou. O professor comentou que foi determinado pela reitoria que seja feito o possível para enfrentar a situação, e avaliou que são necessárias ações por parte do Executivo local.  

"Estamos conversando com a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) para que haja um reforço na galeria que absorve a água para evitar alagamentos. O que estamos fazendo é diminuir os pequenos problemas. Nós não conseguimos evitar que a água entre na UnB, mas faremos o possível para que ela não chegue em excesso. O governo tem conhecimento desses problemas da universidade, mas a prioridade dele, por ora, acredito, é arrumar as áreas consideradas mais emergenciais", considerou.  

Ao Correio, o secretário de Governo, José Humberto Pires, lembrou que o Drenar DF realiza obras que vão da 402 a 408 Norte. De acordo com ele, concluídos esses trabalhos, a próxima ação do programa começará na 710 Norte e irá até as margens do Lago Paranoá. Segundo o secretário, a previsão é de que esse próximo passo se inicie ainda neste semestre.  

Apoios 

Além da promessa de envio de emendas parlamentares, por deputados da Câmara Legislativa, à Novacap para as ações estruturais que a UnB precisa, a universidade tem confirmados R$ 3 milhões dos distritais. Essa verba será destinada, via Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal, à compra de equipamentos para o Instituto de Física (IF), danificados pela tormenta do início de fevereiro.  

Outra medida defendida pela reitoria, caso as etapas do Drenar DF não contemplem mesmo o campus, é a construção de um prédio exclusivo aos laboratórios. Atualmente, a maioria, fica em áreas de subsolo. O valor estimado pela instituição para levantar esse edifício é de R$ 20 milhões — quase a metade do orçamento total para 2024.  

Em reunião realizada na semana passada com representantes da UnB, deputados distritais informaram que discutirão com os federais que integram a bancada do DF na Câmara dos Deputados a possibilidade de envio de emendas federais, pelo Ministério da Educação, para acelerar o processo da construção desse espaço.

 PG Pablo Giovanni postado em 28/02/2024 06:00 

domingo, 28 de janeiro de 2024

 



A NOVELA DE BRASÍLIA - PESQUISA DE ARTE E TEXTO YAMIL E SOUSA DUTRA

Deixem-me contar esta estorinha para vocês: Foi nos desditados anos de ferro! Em 1968 para ser mais exato. Lá ia eu caminhando pela W3 Sul em direção à CTJ, que ficava na 510, onde eu dava aulas de inglês sob o comando restrito da agora falecida e "assustadora" Miss Switt. No caminho encontrei alguns colegas da UNB que dirigiam-se para a CTJ, não para estudar, mas para fazer uma manifestação anti-americana. Caminhamos juntos por algumas quadras. Eu entrei para dar minhas aulas e o grupo ficou do lado de fora gritando suas palavras de ordem contra o Tio Sam (sempre culpado de tudo). Passaram-se alguns dias. Eu estava na biblioteca da UNB quando Da. Arilda (lembram? foi a secretária da UNB por muitos anos) chegou toda emocionada para informar que um major do Exército tinha deixado uma intimação na secretaria para que eu me apresentasse no Ministério para uma "entrevista". Sendo filho de deputado cassado, esperei pelo pior. Avisei a amigos, a família no sul do Brasil, alguns políticos amigos de meu pai e também a Miss Switt, que passou a informação para a Embaixada dos EUA. Lá fui eu, na manhã seguinte, para ser "entrevistado". Fui encaminhado por um cabo para uma sala num dos andares superiores do Ministério. Sala simples, com uma mesa metálica duas cadeiras e, sobre a mesa, uma espécie de lâmpada dirigida diretamente para minha face. Do outro lado um coronel. Perguntou com a rispidez usual de quem "manda e não pede" se eu era quem eu era, se estudava na UNB, se meu pai era um deputado cassado, se morava na Asa Norte, se trabalhava na CTJ. Sim, sim, sim, sim! respondi meio cego com a luz (acho que 200 watts) nos meus olhos. A seguir, o tal coronel passou uma pasta cheia de fotos, fotos minhas, tiradas por alguém na UNB, numa das nossas famosas reuniões de protesto nos Dois Candangos; caminhando na Asa Norte; caminhando com os colegas da UNB na W3 Sul nas proximidades da CTJ; entrando na CTJ; saindo da CTJ. Parece que para filme fotográfico não faltavam recursos do regime, mas giz nas escolas das cidades satélites, onde eu dava aulas à noite, isso faltava. Mas continuando, o coronel aponta para as fotografias e vai dizendo onde teriam sido tomadas e que muito bem demonstravam minha presença. Sim, sim, sim, sim! Era eu mesmo, que mais podia dizer!? Aí então o coronel fez meu dia! Levantou-se e com o olhar mais "tremendão" que podia fazer e com uma voz que caberia muito bem num daqueles discursos histéricos que o Hitler fazia em Berlim, disse: "Estamos seguros de que você é um espião duplo! Vemos que mantem contatos com grupos de estudantes e com a Embaixada dos EUA!" Tive que rir, mesmo meio deslumbrado pela luz. "Eu, espião duplo? Pois coronel, devo ser tão bom espião que nem eu sabia! Tenho que agradecer a informação que o senhor me passa!" O pobre homem quase me atira a mesa pela cara! Deu um soquetão tão forte na mesa que a lâmpada saltou e espatifou-se no chão. Depois acalmou-se um pouco, em meio ao escuro, e ainda gritando me disse: "Saia já daqui e lembre-se que o estamos vigiando dia e noite!". Estávamos mesmo muito mal cuidados naqueles tempos. A sorte é que os inimigos do Brasil eram ainda mais imbecis!  

Gramado, Rio Grande do Sul 
28 de janeiro de 2022
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28 de janeiro de 2016
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26 de janeiro de 2012
10 de março de 2018
9 de março de 2018
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17 de junho de 2013
16 de junho de 2013
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6 de junho de 2013

    Essa eu achei no fundão do baú! Com pintas de nobres (hahaha!) na piscina do Iate, em dezembro de 1962, quando meu primo, "Bochecha" Madrid, e eu viemos fazer o vestibular na UNB. Lá atrás estava a sede que, mais tarde, virou a boite do Iate. Lugar que nós quase derrubávamos dançando Pata-Pata. (Nota: sou o da esquerda)
    Comentários
    Regina Ferreira
    bela foto!
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    Aurea Monteiro
    E o vestibular, passou?
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    Yamil E Sousa Dutra
    Sim passei, em segundo lugar em Direito! O primeiro lugar foi o querido e falecido amigo Vinicius Pimenta da Veiga! Meu primo não passou, mas depois fez vestibular no RS e é um excelente advogado e dono de cartório em Santana do Livramento.
    2
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    Aurea Monteir Parabéns!!! Bela foto...


    O que está ficando claro nesta “brincadeira” de lembranças, é que muitos locais e serviços poderiam ser restabelecidos e ter uma grande clientela!! Fiquei admirado com a quantidade de gente que havia estado e lembrava, por exemplo, do restaurante/churrascaria da represa do Paranoá! Se fosse recriado e modernizado, certamente atrairia fregueses!
    Garanto que vai ser a minha última, mas realmente trata-se de uma pesquisa científica!!
    Quem dos madurinho(as) aqui do grupo acampou às margens da Lagoa Feia em Formosa, GO?
    Eu não acampei na lagoa feia , mas acompei muitas vezes na lagoa formosa que é em Brasilinha!
    5 a
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    Altamiro Severino Maia Severino Maia
    Muitas vezes, é linda apesar do nome ser lagoa feia.





    Ana Regina
    Kkkkkkk eu tinha amigos em Formosa.
    5 a
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    Evaemilia Pesso Branco Castelo
    Nossa muito gostávamos de ir no domingo cedo fazer pic nic

    Diz que é brasiliense, mas nunca entrou de “contrabando”,no porta-mala da mãe da namorada, em festinha do Iate-clube!


    Monica Cocus Fui mto às festas do iate mas nunca no porta mala . Meu tio levava a gurizada toda

     Lembro que depois que meu pai foi cassado (1964) e tivemos que viver por um tempo com o dinheiro que conseguíamos com a venda de nosso móveis, não sobrava dinheiro para pagar mensalidade de clubes. Nesse período eu entrava no Iate dentro do porta-mala do carro do pai de minha namorada. A gente vivia uma vida plena! Pata-pata!
    🙂