O outro lado
Em contraste ao uso da IA, a emissora afirma que realizou uma pesquisa detalhada de objetos e costumes da época. Entre os destaques, está o núcleo do orfanato. "Estamos criando situações para as crianças, trazendo as referências importantes da época. Minha pesquisa vai de artistas daquele tempo a revistas que compramos em feiras de antiguidade, no Rio e em São Paulo", afirma o produtor de arte Luiz Pereira.
Para montar as mesas fartas diante dos personagens, a produção de arte correu atrás do que se comia naquela época. "A comida paulista é muito parecida com a mineira, tem galinhada, muita coisa com milho, porco, carnes. Antigamente não tinha muita geladeira, guardava-se tudo em banha e fazia-se muitos ensopados. Na casa do Candinho, fazemos um pouco mais sofisticado porque ele tem uma funcionária, então tem uma comida um pouco mais rica. Na Cunegundes (Elizabeth Savala), vou botar sempre sopa, uma canja, um ensopado. Na pensão, terá arroz, um cuscuz e um frango para o almoço, e à noite sopa, tipo um minestrone ou uma canja", completa Pereira.
No decorrer da trama, a fábrica de sabonetes sai de cena e entra uma fábrica de biscoitos. O serviço para compor a arte dos produtos do estabelecimento, como as embalagens, foi encomendado à equipe de design dos Estúdios Globo, assim como as formas do biscoito. "Fizemos várias caixas com todo um estudo, pois na época não tinha foto nas embalagens, era uma pintura, uma ilustração. O resultado ficou lindo".
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