quinta-feira, 21 de março de 2019

Poemas sobre Brasília

LOUCO ARTISTA 

Louco, devasso artista 
Louras, brancas madeixas
Nao se importe
Que eu me queixe.

Doem os braços, a mão, o dedo,
Cada célula que formou a filha,
Lembra a mãe sábia e perdida,
Na branca Brasília dos anos setenta.

Louca, doida, pelas ruas
Outrora poeirentas, hoje lentas.
Antes eu tinha que ser Malboro,
Agora querem que eu fique lenta,
Vire polenta.

Baixe a rotaçao para este avião,
Quero descer. Me deixem sair deste avião tesão,
Deste avião, tesão.

Maria Coeli de Almeida Vasconcelos - 1998

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