quinta-feira, 14 de março de 2019

Poemas sobre Brasília

NOVOS ARES
Crueldade no ar. Os humanos se odeiam.
Gritos do filhos são insuportáveis.
Escuta! Estou escutando. Estou com fome!
Mãe, manhê, manhêêêê ê ê.

Escrevo ainda de insistente que sou.
- Mãe, manhê, manhêeee...
Ó mãe, aí o que eu faço?
- Toma 400 cruzeiros e vai lá no Bobs.

De incongruências e ambiguidades,
vamos vivendo nesta cidade cristalina.
Neste ano mudou o slogan “Brasília capital do Natal”,
vai ser...

A câmara vai ter de novo Mário Covas.
Floriceno Paixão, temperadas por
Saturnino Braga e Miguel Arraes.
Passarei às tardes no congresso como dantes.

Baixo, cabisbaixo, não serei
torta, doente refinféia, firme
seu pé na terra do cerrado
aguarde o apocalipse chegar 

Maria Coeli de Almeida Vasconcelos - 1982

Nenhum comentário:

Postar um comentário