O CÉU DE BRASÍLIA
Do alto do meu chão
vejo nuvens escuras
chegando do sul
Negras, rápidas de vento.
Encontram-se com o seco de Brasília,
quente, áspero, livre azul
E sobre o lago fundem-se
nestas chuvas de março abril.
Os carros que zunem são do novo governo.
Não, São o legislativo novato
que não sabe que é sabedoria
cuidar, para não escorregar no óleo.
Das ruas quentes de sol
pingadas constantemente de óleo negro
que é falso e se vocês não sabem,
vão rodopiar se frear.
É hora do almoço, saída da escola,
chapas brancas esbarram na W3,
gente forte atravessa a rua,
é hora de comer, está na hora.
Carros correm, colegiais sorriem,
calor escorrega pelo corpo,
brasiliense não enxerga um dedo
à frente de seu empinado nariz.
Maria Coeli de Almeida Vasconcelos - 1983
sexta-feira, 12 de abril de 2019
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