Andando nos trilhos: você sabe a diferença entre o trem e o metrô?

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É comum pensarmos que a única diferença entre metrôs e trens é que os primeiros circulam no subterrâneo e os outros, na superfície. Mas... e os metrôs que circulam em cima da terra? Na verdade, as diferenças entre os dois modais de transporte são basicamente tecnológicas.
A dos trens é mais antiga: geralmente, a locomotiva, que vai na dianteira, puxa os outros vagões pelos trilhos.
Já os trens de carga, por exemplo, têm tecnologia mais barata (o motor das locomotivas pode ser movido a óleo diesel e à eletricidade), e assim, fica menos custoso transportar produtos.
É por isso que, se há espaço na superfície para a instalação de uma linha, a escolha natural é pelo trem. Se a densidade demográfica urbana é alta, o melhor é colocar os vagões debaixo da terra e usar uma tecnologia mais avançada - nestes casos, a preferência é pelo metrô.
Trens e metrôs em São Paulo
Na capital paulista, as composições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) são movidas a energia elétrica, assim como os carros subterrâneos.
Mas não pense que os trens e metrôs da metrópole são iguais.
Os trens paulistas são maiores que os carros do metrô. Transportam mais passageiros, mas a espera entre um trem e outro pode ser maior do que a espera pela chegada do metrô. A demora dos trens também ocorre porque a distância entre as estações são maiores do que as do metrô.
Em regiões periféricas, ou menos povoadas, os trens são mais comuns, pois nesses locais é (ou foi, na época da construção) mais fácil instalar trilhos e erguer estações sem demolir prédios ou modificar avenidas.
Em média, nas linhas de trem, os vagões viajam por mais de dois quilômetros para chegarem à próxima estação. No metrô, a distância entre as estações é maior do que 500 metros e não ultrapassa 1,5 km.
Fontes: Roberto Spinola Barbosa, professor da Escola Politécnica da USP, e assessoria de imprensa do Metrô de São Paulo (SP).